Devedor de alimentos pode ficar com nome sujo. Sério? Essa é nova! NOT
Dizem por aí que nunca a informação esteve tão disponível, que nunca foi tão fácil a pessoa se informar sobre o que de relevante acontece no mundo. E é verdade; com a internet, o que não falta é informação. A pergunta que se faz é: de qual qualidade?
Os jornais televisivos parecem não ter a menor preocupação com suas pautas:
– No começo do ano de 2011, a Rede Record transmitiu uma reportagem sobre uma ‘nova febre’ da internet, o jogo social “farmville”. O problema é que o estouro dessa ‘febre’se deu no ano de 2009. Notícia velha transmitida como notícia nova.
– Há sempre uma ‘reportagem curinga’ (geralmente sobre o mundo animal, obesidade, alimentação ou internet) que as redes ‘sacam da manga’ quando a pauta está meio vazia e ‘enfiam goela abaixo do telespectador’.
– O apelo à piedade tornou-se regra básica; jornalistas, ao mostrar alguma tragédia, sempre mostram alguém sofrendo e, com o intuito de explorar esse sofrimento, tocando os sentimentos do telespectador, sempre perguntam ao entrevistado coisas como ‘o que você sentiu?’, ‘você se sentiu injustiçado?’, ‘você sofreu muito?’e coisas do gênero.
– A ‘bola fora’ é a ‘bola da vez’: os jornalistas nunca conseguem acompanhar a velocidade da internet. Ontem, por exemplo, quando os japoneses anunciaram o alerta sobre os perigos das usinas, só quase 3 horas depois a notícia chegou à TV. Lembro-me de ter pensado: “pombas! Nenhum jornalista dessas redes têm twitter ou navegam na internet?!”
Já no que se refere aos portais, o problema é um pouco diferente: tem um monte de jornalistazinho de meia pataca que faz copy/past descarado de notícias veiculadas em outros portais. Não se trata de compartilhar uma fonte comum, fornecendo visões diferentes – da mesma notícia – ao leitor; o que eles fazem é ir a um portal concorrente, ler as notícias e copiá-las integralmente. Já havia mencionado essa prática no que se referem aos portais de notícias jurídicas, mas esse problema não é exclusivo deles. Veja aqui o que aconteceu com um blogueiro chamado ‘Cid’, o @naosalvo e, se ainda restarem dúvidas, veja o embróglio que fizeram com a questão do Tsunami que atingiu o Japão. Pessoalmente, creio que o problema é ocasionado tanto pela ânsia de atualizar o portal a cada segundo, quanto pela preguiça endêmica dos profissionais de hoje.
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Tags:ação de alimentos, artigos 733 e 732 do Código de Processo Civil, cadastro de devedor de alimentos no SPC e SERASA, direito de família, pensão alimentícia, Projeto de Lei 407/2008, senador Eduardo Suplicy, Tribunal de Justiça de Minas Gerais