O grande e indivizível mal no cerne de nossa cultura é o monoteísmo. A partir de um texto bárbaro da Idade do Bronze, conhecido como Antigo Testamento, evoluíram três religi~~oes anti-humanas - o judaísmo, o cristianismo e o islã São religiões de deus-no-céu. São, literalmente, patriarcais - Deus é o Pai Onipotente -, daí o desprezo às mulheres por 2 mil anos nos países afligidos pelo deus-no-céu e seus enviados masculinos terrestres.
Gore Vidal
Falar de existências imateriais é falar de nadas. Dizer que a alma, os anjos e deus são imateriais é dier que eles são nadas, ou que não existe deus, nem anjos, nem alma. Não consigo pensar de outra maneira [...] sem mergulhar no abismo insondável dos sonhos e fantasmas. Satisfaço-me e fico suficientemente ocupado com as coisas que existem, sem me atormentar com as coisas que podem até existir, mas das quais não tenho provas.
Thomas Jefferson
"O homem abriu os olhos e viu a natureza em toda a sua abundância e plenitude. Um paraíso. E viu o homem que era bom. Este foi o seu primeiro dia.
O homem viu que estava só. Então criou a mulher. E viu o homem que era bom. Este foi o seu segundo dia.
O homem viu as árvores e os animais se reproduzirem. Acasalou-se com a mulher e povoou a terra com sua semente. E viu o homem que era bom. Este foi o seu terceiro dia.
O homem sentiu a necessidade de alimentar-se e defender-se das agressões da natureza. Inventou as ferramentas de trabalho e de defesa. Viu o homem que era bom. Este foi o seu quarto dia.
O homem descobriu que sentia dor e prazer. Viu o homem que era bom. Este foi o seu quinto dia.
O homem sentiu que podia dominar toda a natureza e o próprio homem. Viu o homem que era bom. Este foi o seu sexto dia.
O homem compreendeu que podia morrer e criou deus como sua salvação. O inferno instalou-se na natureza e a morte continuou reinando com mais intensidade. Sentiu que tinha cometido a maior asneira. Então arrependeu-se o homem de haver criado deus sobre a terra, e pesou-lhe sobre o coração. Amaldiçoou-se. Não teve mais descanso a partir do sétimo dia.
- Texto de: OLIVEIRA, José Augusto de.